Ata da Assembleia dos Estudantes de Filosofia (11/05/16) - GREVE

Ata da Assembleia dos Estudantes de Filosofia (11/05/16) - GREVE

Em 11 de Maio de 2016, a assembleia da filosofia durou quatro horas e teve a participação de 56 estudantes, mais da metade dos estudantes matriculados da graduação de filosofia, a maior mobilização dos últimos anos. Nesta assembleia foi discutida a adesão da filosofia à greve geral deliberada como indicativo pela assembleia geral dos estudantes da Unicamp na última terça-feira (10).

Discutimos as pautas da assembleia da filosofia com indicativo de paralisação realizada na semana passada, bem como as reflexões que surgiram durante as atividades da paralisação que ocorreu na última segunda-feira (09).

Discutimos os cortes de orçamento e suas consequências diretas no nosso curso, como o congelamento dos editais para contratação de professores. Nos anos 90, o quadro era de 30 professores, enquanto hoje há apenas 14, sendo que quatro estão para se aposentar. Foi levantado que, se este processo continuar, isto é, se aposenta mais professores do que se contrata, muito em breve não atenderemos mais os requisitos mínimos do MEC e o curso de filosofia será fechado.

Outra discussão presente na assembleia foi sobre a reação arbitrária e desmobilizadora do professor Lucas Angioni à intervenção em sua aula de segunda-feira, cuja atividade da paralisação, que falivelmente tentou substituir um piquete, pretendia estabelecer um diálogo com os estudantes e professor daquela disciplina.

Discutimos também que, embora o impedimento físico de acesso a um determinado local é por definição uma barricada, o modo de realizar o piquete pelo movimento estudantil não nega o diálogo, mas, pelo contrário, o diálogo aconteceu nesta assembleia e acontece anterior e posteriormente ao horário previsto de início das aulas da filosofia.

PROPOSTAS DELIBERADAS:

1. Greve por tempo indeterminado com o mote "COTAS SIM, CORTES NÃO, POR TRANSPARÊNCIA E PELA EDUCAÇÃO, POR PERMANÊNCIA E AMPLIAÇÃO".

2. Adesão às atividades de greve do CACH e as demais dos outros institutos e faculdades da Unicamp, em uma agenda compartilhada. Contudo, as deliberações serão feitas em assembleias da filosofia.

3. Uso de piquetes para garantir que se respeite a decisão tirada nas assembleias.

4. Roda de conversa sobre atitudes e comportamento de professores tanto em relação a mobilização política estudantil quanto sobre a relação hierárquica professor-aluno de um modo geral.

 

Assina a ata: Diego Silva.